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Repercussão da revogação do decreto de Lula sobre IOF no Brasil

Mais de metade dos brasileiros critica decisão do governo Lula sobre aumento do IOF.

Por Redação

A decisão do governo Lula de implementar um aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) gerou controvérsias e dividiu opiniões na população brasileira, de acordo com uma pesquisa divulgada pela AtlasIntel/Bloomberg. 

O decreto, que visava ampliar a alíquota do IOF como parte dos esforços para atingir as metas fiscais, foi considerado um erro por 52% dos entrevistados, enquanto 44% aprovaram a medida e 4% não souberam opinar. Essa movimentação legislativa teve desdobramentos significativos, com o Congresso Nacional revogando o decreto, o que foi interpretado como uma das principais derrotas do Executivo na atual legislatura. 

Em resposta, o governo procurou o Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender temporariamente os efeitos da decisão legislativa, convocando uma audiência de conciliação entre os Poderes para o próximo dia 15 de julho. A questão do aumento do IOF foi apresentada pelo governo como um passo em direção à justiça tributária, com foco na taxação dos mais ricos. 

No entanto, o Congresso argumentou que a criação de novos impostos seria inaceitável sem cortes de gastos, o que gerou tensões entre os Poderes e acentuou uma crise institucional. Além do embate político, as redes sociais se tornaram palco de intensa polarização em relação ao tema. 

Influenciadores ligados ao governo criticaram fortemente o Congresso, enquanto membros da oposição acusaram o Planalto de prejudicar o diálogo institucional e sobrecarregar os contribuintes. 

A pesquisa, realizada com 2.621 pessoas entre 27 e 30 de junho, apresenta uma margem de erro de dois pontos percentuais e um nível de confiança de 95%. O estudo faz parte da iniciativa Latam Pulse, uma parceria entre a AtlasIntel e a Bloomberg que analisa mensalmente assuntos políticos e econômicos em cinco países da América Latina.