Hugo Motta adia votação de foro privilegiado e anistia por falta de consenso
Presidente da Câmara dos Deputados adia votação de projetos importantes por falta de acordo

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu postergar a votação de dois projetos fundamentais defendidos pela oposição: o fim do foro privilegiado e a anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. A escolha foi comunicada durante reunião de líderes partidários nesta terça-feira (12).
Na semana passada, deputados da oposição realizaram uma obstrução no plenário como forma de pressionar pela votação dessas duas propostas. A estratégia incluiu a interrupção dos trabalhos em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Esforços oposicionistas e resistências partidárias
O líder do PP, Dr. Luizinho (RJ), mencionou que a expectativa é de que o projeto relacionado ao foro privilegiado seja apreciado "nas próximas semanas", mas somente quando houver um mínimo consenso entre as lideranças. Parte da resistência surge devido ao fato de que o texto atual em trâmite não agrada a todas as legendas.
Antes da reunião, o líder do PL, Sostenes Cavalcante (RJ), destacou que o acordo inicial era aprovar primeiro o fim do foro, passar pelas duas Casas e, posteriormente, lidar com a anistia. "Dessa forma, retiramos a pressão sobre os parlamentares", ressaltou.
Novas prioridades e debates necessários
Ao invés dos temas defendidos pela oposição, Motta decidiu focar esta semana na "pauta da pacificação". O item principal será a discussão sobre a "adultização" de crianças nas redes sociais, tema que ganhou destaque nacional após a viralização de um vídeo do influenciador Felca.
Está prevista a realização, na quarta-feira (13), de uma comissão geral para debater o assunto, reunindo sociedade civil, juristas e ativistas. Projetos de lei relacionados ao tema só serão votados após a apresentação de um parecer por um grupo de trabalho a ser estabelecido, o que pode levar até 30 dias.
Fonte: Divulgação