Agora Piauí

Antissemitismo no Brasil e polêmica de Lula com Israel no relatório dos EUA

Relatório dos EUA destaca antissemitismo e críticas de Lula a Israel no Brasil

Por Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil EUA reproduziram ainda o trecho em que a Conib diz que Lula equiparou o Holocausto à defesa de Israel contra o Hamas
EUA reproduziram ainda o trecho em que a Conib diz que Lula equiparou o Holocausto à defesa de Israel contra o Hamas

O Brasil, em especial o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi mencionado no relatório anual de Direitos Humanos do Departamento de Estado dos Estados Unidos, divulgado recentemente. O documento aponta declarações de Lula comparando a ação militar de Israel na Faixa de Gaza ao genocídio nazista, em meio a um aumento significativo de casos de antissemitismo no país.

Em uma viagem oficial à Etiópia em fevereiro de 2024, Lula afirmou que o que ocorria em Gaza era um genocídio, fazendo um paralelo com o período do Holocausto. Essas declarações geraram reações imediatas, com a Conib criticando a comparação e acusando o governo de adotar uma postura extrema diante do conflito no Oriente Médio.

O relatório ainda destaca dados da Conib e da Federação Israelita do Estado de São Paulo, que registraram 886 episódios de antissemitismo no Brasil em 2024, um aumento significativo em relação ao ano anterior. Esse crescimento teria sido impulsionado pelos ataques do grupo Hamas e pela escalada do conflito na região.

Além disso, o relatório menciona a "Operação Overlord", realizada em outubro pelo Ministério Público de Santa Catarina, que resultou na prisão de quatro suspeitos ligados a uma organização neonazista.

EUA criticam restrição à liberdade de expressão no Brasil

O novo relatório dos EUA adotou uma postura mais incisiva em relação aos direitos humanos no Brasil, com críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por supostamente restringir a liberdade de expressão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa ação levou Moraes a ser o primeiro brasileiro punido pela Lei Magnitsky, que permite sanções a estrangeiros envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos.

Desde 2017, os EUA impuseram mais de 670 penalidades em todo o mundo com base nesse dispositivo legal. Essa medida reflete uma postura mais incisiva dos Estados Unidos em relação a violações de direitos humanos e corrupção em âmbito global.