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Vendas no varejo brasileiro recuam em junho, revela IBGE

IBGE aponta queda nas vendas do varejo brasileiro em junho, contrariando expectativas

Por Redação
Foto: Charles de Moura/PMSJC Comércio varejista
Comércio varejista

No mês de junho, as vendas no varejo brasileiro apresentaram um recuo de 0,1% em comparação com o mês anterior, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 0,3%, segundo dados revelados nesta quarta-feira.

A pesquisa conduzida pela Reuters apontava uma expectativa de crescimento de 0,70% em comparação mensal e de 2,40% em relação ao ano anterior, números que não foram alcançados.

Resultados por Segmentos

  • No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção, atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas registrou uma queda de 2,5% em junho, fechando o primeiro semestre com uma retração de 0,5%.
  • Segundo Cristiano Santos, gerente da pesquisa, essa estabilidade com viés de baixa é reflexo de diversos fatores, incluindo a alta base de comparação, a retração do crédito e a persistência da inflação em itens essenciais, como a alimentação domiciliar.
  • O setor de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou uma queda de 2,7%, enquanto outras atividades, como Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%) e Móveis e eletrodomésticos (-1,2%), também registraram variações negativas.

Em contrapartida, alguns segmentos apresentaram resultados positivos, como Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,0%), Tecidos, vestuário e calçados (0,5%) e Combustíveis e lubrificantes (0,3%) entre maio e junho de 2025.

Desempenho no Varejo Ampliado

No varejo ampliado, entre maio e junho de 2025, a atividade de Veículos e motos, partes e peças teve uma queda de 1,8%, enquanto Material de construção registrou uma retração de 2,6%. Cristiano Santos destaca a volatilidade desses setores e menciona a expansão do crédito para aquisição de veículos como um dos fatores influenciadores.

Em relação a junho de 2024, o comércio varejista apresentou um crescimento de 0,3%, com destaque para os setores de Tecidos, vestuário e calçados (6,4%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,0%) e Artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria (1,9%). Por outro lado, segmentos como Móveis e eletrodomésticos, Hipermercados e combustíveis registraram quedas.

No varejo ampliado, houve redução nas vendas de Material de construção, Veículos e motos, partes e peças, e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, com razões distintas para cada queda, de acordo com Cristiano Santos.

Os dados refletem o cenário do varejo brasileiro e suas nuances setoriais, demonstrando a complexidade e os desafios enfrentados pelo mercado diante de variáveis econômicas e comportamentais.