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Pix: Economia de R$ 106,7 bi desde o lançamento

Estudo revela impacto do Pix na economia brasileira

Por Redação
Foto: Divulgação / InfoMoney (Marcello Casal Jr. / Agência Brasil)
(Marcello Casal Jr. / Agência Brasil)

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central, tem desempenhado um papel fundamental na economia do Brasil desde seu lançamento em 2020. Um estudo realizado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) aponta que o Pix gerou uma economia de aproximadamente R$ 106,7 bilhões para empresas e consumidores brasileiros até junho de 2025.

Como o Pix gerou essa economia?

A análise considera principalmente dois efeitos principais: o aumento do uso do Pix em substituição às transferências via TED, que geralmente têm tarifas associadas, e a crescente utilização do Pix no comércio em detrimento dos cartões de débito, que implicam em taxas para os lojistas. O estudo ressalta que, embora as transações via Pix para empresas tenham uma taxa, esta é consideravelmente menor do que as cobradas em TEDs.

O estudo baseia-se em dados públicos do Banco Central para calcular a economia gerada pela adoção do Pix, comparando-a com o custo médio que seria mantido caso métodos tradicionais mais caros fossem utilizados. Essa diferença representa a economia real proporcionada pela nova tecnologia durante o período analisado.

De acordo com Rodolpho Tobler, economista do MBC, o impacto do Pix é duplo: menos TEDs sendo realizadas e mais pagamentos via Pix em vez de débito, resultando em uma redução de custos significativa para o sistema.

O futuro do Pix e suas transformações

O Pix rapidamente se tornou o método de pagamento mais utilizado no Brasil, superando até mesmo o dinheiro em espécie. Desde seu lançamento, o Banco Central introduziu novas funcionalidades, como o Pix Saque, o Pix Troco e o Pix Automático, com planos futuros incluindo o Pix parcelado e o Pix em Garantia.

O estudo também destaca o reconhecimento internacional do Pix, mencionando a investigação aberta pelos Estados Unidos em relação ao sistema brasileiro de pagamentos eletrônicos. Apesar de não citar diretamente o Pix, o Escritório do Representante Comercial dos EUA levanta questões sobre supostas práticas desleais relacionadas aos serviços de pagamento eletrônico no Brasil.

Além dos benefícios de redução de custos, o Pix também tem impulsionado a formalização de pequenos negócios e contribuído para a inclusão financeira no país, promovendo a bancarização e estimulando a economia. No entanto, o MBC levanta questões sobre a governança futura do sistema, ponderando a centralização operacional atualmente sob responsabilidade do BC e discutindo a necessidade de preservar a neutralidade, sustentabilidade e fomentar a inovação contínua do Pix.

A pesquisa ressalta a importância de analisar modelos internacionais similares, como o indiano Unified Payments Interface (UPI) e o britânico Faster Payments Service (FPS), para garantir a evolução e a eficácia do sistema brasileiro. A inovação proporcionada pelo Pix demonstra que soluções tecnológicas podem gerar competitividade e benefícios tangíveis para empresas e cidadãos, transformando o cenário econômico do Brasil de forma positiva.