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Telegram rastreia criptomoedas e derruba maiores marketplaces ilegais

Descubra como o Telegram usou criptomoedas para combater marketplaces ilegais!

Por Redação
Foto: Divulgação Telegram usa criptomoedas para rastrear e derrubar 'maior marketplace ilegal da internet'
Telegram usa criptomoedas para rastrear e derrubar 'maior marketplace ilegal da internet'

O Telegram protagonizou recentemente uma ação que resultou no fechamento de dois dos principais marketplaces ilegais da internet. Esse feito foi viabilizado graças ao trabalho de investigação realizado pela empresa Elliptic, que identificou a presença desses marketplaces no aplicativo por meio do rastreamento de transações envolvendo criptomoedas.

A queda dos maiores marketplaces

Os marketplaces em questão, Xinbi e Huione, foram os principais alvos dessa operação. O Huione, considerado o maior marketplace ilegal atual, já movimentou mais de US$ 27 bilhões desde 2021 em transações ilegais, principalmente utilizando stablecoins. Esses dois marketplaces, operando por meio de canais no Telegram, tiveram um volume de transações que ultrapassou os US$ 35 bilhões, fazendo uso dessas criptomoedas vinculadas a outros ativos, como o dólar.

Um marco na história dos marketplaces ilegais

A Elliptic revelou que, caso os números do Huione sejam confirmados, ele seria o maior marketplace ilegal de todos os tempos. Em contrapartida, o Xinbi ocuparia a posição de segundo maior, com transações totalizando US$ 8,4 bilhões somente em 2022.

A mudança de paradigma nos marketplaces clandestinos

Marketplaces conhecidos da dark ou deep web, como Silk Road e Alphabay, tiveram volumes significativamente menores de transações ilegais se comparados aos marketplaces recentemente derrubados no Telegram. Esse episódio também evidencia uma mudança de padrão nesses ambientes, que agora migram para plataformas como o Telegram, em busca de maior proteção e privacidade nas interações.

Questões éticas e legais

Embora marketplaces como o Huione argumentem que atuam apenas como intermediários entre compradores e vendedores, os produtos negociados frequentemente envolvem itens ilegais, como dados pessoais e drogas, indo até mesmo a extremos como negociações com pessoas e órgãos.

A investigação minuciosa da Elliptic, baseada no rastreamento de transações de criptomoedas presentes nas redes blockchain, possibilitou ao Telegram identificar e interromper esses canais ligados aos marketplaces ilegais, interrompendo temporariamente as atividades desses dois gigantes originados na China.