Décimo terceiro de agosto soma superávit nas contas públicas
Governo federal apresenta superávit em maio, contrariando expectativas do mercado.

Em um cenário surpreendente, o governo federal encerrou o mês de maio do ano em curso com um resultado positivo nas contas públicas, atingindo um superávit de R$ 40,6 bilhões. Esse dado inesperado contrapõe as projeções do mercado financeiro e reflete uma mudança significativa em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o déficit atingiu R$ 60,4 bilhões.
Arrecadação e Gastos
Essa reviravolta nas contas do governo é resultado de dois fatores essenciais: um aumento na arrecadação e uma diminuição nos gastos. Entre os impostos que impulsionaram a arrecadação, destacam-se o Imposto de Renda, com destaque para o retido na fonte, que registrou um aumento de R$ 6 bilhões. As receitas provenientes de importações e as contribuições previdenciárias também apresentaram crescimento, totalizando um acréscimo de 8,1%.
Por outro lado, no âmbito das despesas, observou-se uma redução significativa nos gastos discricionários, especialmente nas áreas de saúde e educação, com um corte de R$ 9,6 bilhões. Além disso, os gastos com benefícios previdenciários diminuíram em R$ 3,9 bilhões em relação ao ano anterior. Vale ressaltar que neste ano não houve despesas emergenciais relacionadas a calamidades, ao contrário do que ocorreu no ano anterior em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul.
Resultado Acumulado
No acumulado do ano, de janeiro a maio, as contas públicas apresentaram um superávit de R$ 32,2 bilhões, representando um avanço em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando havia um déficit acumulado de R$ 28,7 bilhões. Esse resultado demonstra uma melhora significativa em relação aos anos anteriores, sendo o melhor desempenho para o período desde 2022.
Essa melhora nos resultados está diretamente relacionada à redução de gastos com precatórios, que representam valores devidos após decisões judiciais. Em 2025, os pagamentos desses valores totalizaram R$ 30,8 bilhões, uma mudança em relação ao ano anterior, quando esses pagamentos impactaram as contas no início do ano.
A alteração no cronograma de pagamentos de precatórios entre os anos de 2024 e 2025 foi um dos principais impulsionadores desse desempenho favorável, conforme destacado pelo Tesouro Nacional.
Receitas e Despesas
Nos primeiros cinco meses do ano em curso, a receita líquida registrou um crescimento de 8,6% em termos reais, totalizando R$ 968,6 bilhões. Em contrapartida, as despesas totais somaram R$ 936,4 bilhões, apresentando uma queda de 3,3% no mesmo período, contribuindo para o saldo positivo observado nas contas públicas até o momento.