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Desaprovação de Lula cresce e brasileiros rejeitam Tarifa de Trump

Pesquisa Atlas/Bloomberg mostra desgaste político de Lula e resistência à tarifa americana

Por Redação
Foto: Ricardo Stuckert/PR Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de apresentação dos avanços do Novo Acordo Rio Doce no Espírito Santo, no Parque de Exposições de Linhares. Linhares (ES)
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de apresentação dos avanços do Novo Acordo Rio Doce no Espírito Santo, no Parque de Exposições de Linhares. Linhares (ES)

A mais recente pesquisa da Atlas/Bloomberg, divulgada recentemente, trouxe à tona dados preocupantes para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e desafios no cenário internacional. 

Com entrevistas realizadas entre 11 e 13 de julho, envolvendo 2,8 mil participantes, o estudo revelou que a desaprovação ao governo Lula ultrapassou a aprovação, com 50,3% dos entrevistados expressando descontentamento, enquanto 49,7% demonstraram apoio. Apesar do quadro desfavorável para Lula, um aspecto chama atenção: a política externa do governo ainda é bem vista por 60,2% dos brasileiros. 

Essa aprovação se reflete também na percepção de que Lula representa o Brasil de forma mais eficaz em fóruns internacionais do que Jair Bolsonaro, segundo 61,1% dos entrevistados. 

O alinhamento desejado pelo público brasileiro tende a se posicionar mais próximo dos países dos Brics, com 38,1% das preferências, seguido pelos Estados Unidos, com 31,1%, e China, com 12,9%. Com a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a partir de agosto, a pesquisa revela que 62,2% dos entrevistados consideram essa medida injustificada. 

Entre aqueles que rejeitam a tarifa, 40,9% acreditam que se trata de uma retaliação de Trump devido ao envolvimento ativo do Brasil nos Brics. Além disso, 36,9% enxergam influência da família Bolsonaro sobre o presidente americano, enquanto 16,8% apontam as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra empresas dos EUA como motivo. 

Diante desse impasse, 51,2% dos participantes defendem que o governo brasileiro deveria retaliar os Estados Unidos, enquanto 40,9% se mostram contrários a uma postura mais rígida. Esse contexto aumenta a pressão sobre o Palácio do Planalto, que busca manter um discurso de equilíbrio diplomático e abertura ao diálogo frente às tensões comerciais.