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Dia mais curto do ano: Terra veloz em sua rotação

Terra registra dia mais curto do ano com leve aceleração na rotação.

Por Redação
Foto: Divulgação / InfoMoney Por que a Terra vai registrar o dia mais curto do ano nesta quarta-feira
Por que a Terra vai registrar o dia mais curto do ano nesta quarta-feira

A Terra está prestes a viver um fenômeno singular nesta quarta-feira (9): o dia mais curto do ano de 2025. Essa ocorrência é resultado de uma sutil aceleração na rotação do planeta, que fará com que ele complete seu giro em torno do próprio eixo com 1,30 milissegundo a menos do que as habituais 24 horas.

Variações na Duração dos Dias

A duração média padrão de um dia é de 86.400 segundos, equivalente a exatas 24 horas. No entanto, com a variação esperada para esta quarta-feira, o ciclo será concluído em 86.398,7 segundos.

Embora possa parecer um acontecimento excepcional, oscilações na duração dos dias são relativamente comuns e, de acordo com especialistas, não representam qualquer ameaça.

Causas das Variações na Rotação

Os cientistas, até o momento, não têm uma explicação definitiva para as variações de milissegundos na rotação terrestre. Contudo, existe um consenso de que fatores como o deslocamento do núcleo terrestre, a atividade sísmica, as correntes oceânicas e até o degelo polar podem influenciar essa dinâmica.

Desde 2020, os dias mais curtos têm se tornado mais frequentes. Anteriormente, o recorde pertencia ao dia 5 de julho de 2005, quando a Terra girou 1,0516 milissegundo mais rápido que o habitual.

Impactos e Ajustes

Embora isoladamente essas variações não impactem o dia a dia das pessoas, a repetição contínua de dias mais curtos ou mais longos pode gerar um descompasso entre o tempo marcado pelos relógios atômicos — extremamente precisos — e o ritmo real da rotação terrestre.

Para compensar essa diferença, os cientistas utilizam o chamado segundo bissexto desde 1973, podendo adicionar ou subtrair tempo do oficial. Até o momento, o IERS já acrescentou 27 segundos para ajustar atrasos na rotação do planeta.

Se a tendência de aceleração continuar, o planeta poderá necessitar do primeiro segundo bissexto negativo da história. Por enquanto, o fenômeno segue sendo monitorado com precisão de cronômetro.