Elevação de casos de SRAG por influenza: Alerta nacional
Casos de síndrome respiratória aguda grave em crianças e idosos preocupam no Brasil.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou o Boletim InfoGripe, destacando a contínua alta nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por Influenza A e pelo vírus sincicial respiratório (VSR) no país.
A análise realizada abrange a semana epidemiológica entre os dias 25 e 31 de maio, revelando uma situação preocupante com relação à mortalidade por SRAG, que se mantém semelhante tanto em crianças quanto em idosos.
De acordo com a pesquisa, os óbitos associados à Influenza A são predominantes na população idosa, enquanto nas crianças, os rinovírus e a Influenza A são os principais responsáveis pela incidência e mortalidade.
A pesquisadora do InfoGripe, Tatiana Portella, ressalta que, embora haja um aumento de casos de SRAG em crianças na maioria do país, alguns estados demonstram sinais de estabilização ou redução desse crescimento, especialmente nas regiões Centro-Sul e Norte, além do Ceará.
Tatiana reforça a importância da vacinação contra o vírus da Influenza A, principalmente em grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças, pessoas com comorbidades e gestantes. Ela destaca que os casos de SRAG em crianças menores de 4 anos são impulsionados principalmente pelo VSR, enquanto rinovírus e Influenza A contribuem para o aumento de casos nessa faixa etária e em adolescentes até 14 anos.
A especialista enfatiza que os dados laboratoriais por faixa etária indicam que a Influenza A tem impactado nas hospitalizações por SRAG em idosos a partir dos 65 anos, adultos e jovens a partir dos 15 anos. Além disso, o boletim aponta que a grande maioria das unidades da federação e capitais brasileiras apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo.
Em resumo, a preocupação com a elevação dos casos de SRAG por Influenza A e VSR é evidente no panorama nacional, exigindo medidas preventivas e de contenção para proteger as populações mais vulneráveis e contribuir para a redução dessas ocorrências alarmantes.
A conscientização e ações efetivas são fundamentais para lidar com essa situação de saúde pública que afeta tanto idosos quanto crianças em todo o território brasileiro.