Fábio Luís Lula da Silva: Cobranças da Fazenda e disputas jurídicas
Entenda as cobranças fiscais e disputas jurídicas envolvendo Fábio, filho de Lula

O filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, está enfrentando um cenário de cobranças fiscais e disputas jurídicas intensas. As cobranças, que ultrapassam os R$ 10 milhões, são resultado de autuações da Receita Federal, ocorridas após investigações relacionadas à operação Lava Jato. Tais ações foram defendidas pelo Ministério da Fazenda, por meio da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
Origem das Cobranças e Repasses Suspeitos
As investigações tiveram início devido a supostos repasses que totalizam cerca de R$ 132 milhões, feitos pela empresa Oi à Gamecorp, companhia de propriedade de Lulinha, no período entre 2004 e 2016. Conforme apurado pela Receita Federal, uma parcela desses recursos foi destinada a empresas de Fábio Luís, como a G4 Entretenimento e a LLF Participações, bem como para a FLEXBR Tecnologia Ltda, pertencente aos seus irmãos, sem justificativa legal. Essa movimentação teria impactado na redução do pagamento do Imposto de Renda.
Disputas Jurídicas sobre a Validade das Autuações
O caso também envolve outros sócios, como Fernando Bittar, filho do ex-prefeito Jacó Bittar. Mesmo com a decisão do STF de invalidar atos do ex-juiz Sérgio Moro e declarar a incompetência da Justiça Federal de Curitiba no processo, as autuações continuam em andamento na esfera administrativa. A PGFN argumenta que as provas obtidas são válidas para embasar as cobranças em curso.
Em meio a essas disputas, o juiz Diego Câmara, da 17ª Vara do Distrito Federal, suspendeu temporariamente as cobranças da Receita Federal em março do ano passado. Os advogados de Lulinha alegam que, após a decisão do STF, as autuações administrativas perderam a validade.
Manifestações Contraditórias e Defesa de Lulinha
No entanto, a PGFN defende que a anulação se restringe às sentenças de Moro, não afetando as provas obtidas pela Lava Jato e utilizadas pela Receita Federal. A defesa de Lulinha considera as manifestações da PGFN como "genéricas" e "vazias", argumentando a nulidade das acusações anteriores e alegando perseguição política.
Processos Administrativos e Desdobramentos
Processos administrativos foram abertos por auditores fiscais com base em provas compartilhadas pelo Ministério Público Federal, resultando em multas de 150% sobre os valores considerados ilícitos. Recentemente, a Receita Federal solicitou o arrolamento de quotas da LLF Tech Participações, empresa de Lulinha, e da G4 Entretenimento. A PGFN assegura que age sem viés político, realizando análises criteriosas para garantir o contraditório e a ampla defesa.
O desfecho desse caso aguarda uma decisão final da Justiça Federal, com o Ministério da Fazenda destacando que apenas a PGFN se pronuncia sobre o tema em questão.