Residência médica: Ministério anuncia bolsas em especialidades Prioritárias
Ministério da Saúde lança programa com 3 mil bolsas para residência em áreas desassistidas

O Ministério da Saúde anunciou um novo programa de residência médica visando reduzir as desigualdades regionais na qualificação dos profissionais de saúde no Brasil. A região Sudeste concentra cerca de 50% dos programas de residência médica no país, enquanto o Norte conta com menos de 5% do total, conforme dados da Demografia Médica de 2025.
Bolsas em Áreas Desassistidas
Com o intuito de ampliar a qualificação em regiões desassistidas, serão abertos dois novos editais. O primeiro, com previsão de publicação em setembro, disponibilizará 3 mil bolsas de residência médica, priorizando a Amazônia Legal, o Nordeste e áreas com déficit de especialistas. A formação desses médicos está prevista para 2028.
O segundo edital será destinado a médicos especialistas que buscam aprimorar suas formações em seis áreas prioritárias: oncologia, ginecologia, cardiologia, cirurgia geral, anestesiologia e apoio diagnóstico. Essas especialidades fazem parte da política "Agora Tem Especialistas", que visa reduzir os tempos de espera por atendimentos especializados no Sistema Único de Saúde (SUS). As bolsas serão de até R$ 10 mil e os profissionais poderão iniciar as atividades já em setembro de 2025.
Parcerias e Investimentos
Os médicos em especialização receberão suporte técnico, imersões presenciais e acompanhamento pedagógico de instituições privadas, como o Hospital Albert Einstein, Sírio-Libanês, Hcor, Hospital Alemão Oswaldo Cruz e a rede de Hospitais Universitários Federais (Ebserh).
O investimento nas 3.500 vagas anunciadas é de aproximadamente R$ 260 milhões, visando fortalecer a capacidade de atendimento especializado no país. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou a importância desse programa para enfrentar a carência de especialistas no SUS.
Expansão e Impacto
O programa "Agora Tem Especialistas" pretende ampliar em até 30% os atendimentos em policlínicas, UPAs, ambulatórios e salas de cirurgia em todo o território nacional. Com essas medidas, busca-se melhorar a qualidade e agilidade no acesso a serviços médicos especializados, atendendo às demandas da população e reduzindo as filas de espera no sistema de saúde pública do Brasil.