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Uso de cigarro eletrônico cresce 24% no Brasil: dados alarmantes

Estudo do Inca revela aumento significativo no uso de cigarro eletrônico e convencional no

Por Redação
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil Projeto de Lei (PL) 5.008/2023 regulamenta a produção,  comercialização, fiscalização e propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil
Projeto de Lei (PL) 5.008/2023 regulamenta a produção, comercialização, fiscalização e propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil

De acordo com um estudo do Instituto Nacional de Câncer (Inca), ligado ao Ministério da Saúde, o Brasil testemunhou um crescimento de 24% no uso de cigarro eletrônico entre 2023 e 2024. Essa constatação alarmante foi divulgada em comemoração ao Dia Mundial sem Tabaco, revelando que 2,6% dos adultos brasileiros adotaram dispositivos eletrônicos para fumar, o maior índice desde 2019, quando a análise histórica teve início.

Tabagismo Convencional em Alta

Paralelamente, o estudo evidenciou um aumento de 25% no consumo de tabaco convencional no último ano, registrando 13,8% da população brasileira fumando, o maior índice desde 2014. O Inca classificou esse cenário como um "retrocesso de 10 anos" no combate ao tabagismo no país.

Restrições Determinantes

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, salientou que a principal medida para combater o uso de cigarros eletrônicos no Brasil é a manutenção da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proíbe a comercialização, importação, armazenamento, transporte e propaganda desses dispositivos.

Padilha ressaltou a importância da resolução da Anvisa, que coloca o Brasil em um patamar significativamente inferior de uso de cigarros eletrônicos comparado a nações que permitem sua comercialização. Ele enfatizou a relevância das campanhas promovidas pelo Ministério da Saúde e pelos estados, visando conscientizar a população e atingir esse público-alvo.

Custos e Impactos Econômicos

O estudo do Inca também destacou que as doenças ligadas ao tabagismo geram um custo anual de R$ 153,5 bilhões no Brasil, equivalente a 1,55% do PIB nacional. Roberto Gil, diretor-geral da instituição, atribuiu o aumento do consumo de tabaco convencional à redução de preços e ressaltou a importância da Reforma Tributária como ferramenta no combate ao tabagismo. A criação do Imposto Seletivo (IS) poderia encarecer os cigarros, desestimulando o consumo.