Variação de preços no mercado de alimentos: Tomate e ovos em baixa, café sobe
Entenda por que tomate e ovos registraram queda, enquanto café teve alta expressiva

Em um cenário de oscilações, o mercado de alimentos apresentou movimentos distintos no mês de maio. De acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação geral desacelerou, sendo que a queda de preços dos alimentos foi um dos destaques, marcando 0,17% no período.
Entre os principais itens que contribuíram para essa variação estão o tomate (-13,52%), o arroz (-4,00%), os ovos (-3,98%) e as frutas (-1,67%). Essas mudanças refletem a dinâmica sazonal do mercado, influenciada por fatores como condições climáticas e oferta de produtos.
Tomate e Ovos: Variações e Tendências
O recuo nos preços do tomate se justifica pela resistência dos consumidores em relação aos valores elevados dos meses anteriores, somada à redução da demanda causada pelo clima mais frio. Já os ovos, que apresentaram queda pelo segundo mês consecutivo, refletem um aumento na oferta do produto.
No caso do arroz, a baixa nos preços está diretamente ligada ao aumento previsto na produção brasileira, com destaque para a recuperação na colheita no Rio Grande do Sul. Projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para um incremento significativo na produção, o que impacta diretamente nos valores de mercado.
Alta nos Preços do Café e da Cebola
Por outro lado, o destaque positivo ficou por conta do aumento de mais de 4% nos preços do café moído em maio. Essa alta acentuada está relacionada a problemas de safra tanto no Brasil quanto no Vietnã, principais produtores mundiais do grão. Fatores climáticos adversos têm impactado a produção de café, resultando em colheitas menores e pressionando os preços globalmente.
Segundo projeções da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), os preços do café devem continuar em alta nos próximos meses, podendo atingir um aumento de até 25%. O setor já enfrenta um aumento significativo nos custos da matéria-prima, que tende a ser repassado ao consumidor final.
Em relação à cebola, houve um aumento de 10,28% nos preços, impulsionado pela escassez de estoques no Sul do Brasil, problemas climáticos em algumas regiões produtoras e a importação abaixo do esperado. Esses fatores, somados ao início da colheita em outras áreas, contribuíram para a elevação nos valores do produto.
Fonte: Divulgação