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Bancada do governo Lula pedem que não judicialize IOF após derrota no Congresso

Congresso cancela decretos do IOF e governo avalia recurso ao Supremo. Entenda!

Por Redação
Foto: Divulgação / InfoMoney Lula concede entrevista coletiva em Brasília03/06/2025REUTERS/Adriano Machado
Lula concede entrevista coletiva em Brasília03/06/2025REUTERS/Adriano Machado

Após dois decretos assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que visavam a aumentar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), serem suspensos pelo Congresso Nacional, lideranças governistas pressionam o Planalto para não recorrer à Justiça. A recomendação de parlamentares aliados é evitar judicializar a questão, pois poderia agravar a já tensa relação entre Executivo e Legislativo, potencialmente gerando novas crises institucionais.

Parlamentares alertam contra a judicialização do IOF

Um dos vice-líderes do governo na Câmara, o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), destacou que a ida ao Judiciário seria a "pior escolha". Ele enfatizou que, independentemente da correção da decisão, a ação do Congresso é legítima e recorrer à Justiça fragilizaria as instituições, demonstrando confiança na sabedoria do governo em sua decisão final.

Desdobramentos da queda do IOF no Congresso

A decisão do Congresso em derrubar os decretos presidenciais foi contundente, com 383 votos a favor e apenas 98 contrários na Câmara dos Deputados. O Senado, por sua vez, realizou uma votação simbólica, sinalizando uma união entre oposição e parte da base aliada, refletindo insatisfação com o governo.

Impacto fiscal e possíveis soluções após a derrota

A preocupação com o impacto financeiro da reversão nos decretos é uma questão unânime na base do governo. Com a estimativa de um déficit de R$ 12 bilhões, governistas alertam para a urgência de encontrar alternativas para restabelecer a receita perdida. Fontes do governo indicam que, apesar de resistências internas, a tendência do Planalto é a via judicial, a fim de evitar cortes orçamentários, inclusive em emendas parlamentares.

Ministros avaliam cenário e possíveis medidas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu a possibilidade de taxar dividendos ou reduzir investimentos em áreas como saúde e educação para compensar a diminuição na arrecadação do IOF. Já o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, pondera que a decisão sobre a judicialização ainda está em aberto, aguardando posicionamento técnico e econômico para uma resolução.

Diante do impasse, o governo enfrenta desafios políticos e estratégicos para lidar com a derrota no Congresso, enquanto avalia os próximos passos a serem tomados diante do cenário delicado que se apresenta.