CPMI do INSS aprova quebra de sigilo de figuras-chave
Comissão investiga ações financeiras de ex-dirigentes do INSS

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS aprovou uma série de requerimentos de quebra de sigilo nesta quinta-feira (11), visando aprofundar as investigações sobre operações financeiras suspeitas.
Entre os alvos estão o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "careca do INSS". Também figura na lista Maurício Camisotti, empresário sob investigação.
A sessão reservada da CPMI foi dedicada à votação de 406 requerimentos, previamente negociados entre governistas, oposição e o presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG). Alguns pedidos, como os de pessoas não citadas nos relatórios da Polícia Federal, foram retirados.
Na reunião, foi deliberado que as quebras de sigilo abrangem o período desde a celebração dos Acordos de Cooperação Técnica com o INSS até o momento atual. Requerimentos foram direcionados também ao Coaf, visando ex-diretores do INSS e dirigentes de entidades empresariais.
Previsto para esta quarta-feira, está o depoimento de José Carlos Oliveira, agora Ahmed Mohamad Oliveira Andrade. Oliveira, que já presidiu o INSS e foi ministro do Trabalho e Previdência, dará seu segundo depoimento na CPMI.
Depoimento de Ex-Ministros
O ex-ministro Carlos Lupi já havia participado de uma oitiva prolongada. A participação de ex-ministros ocorre por convites oficiais, evitando obrigações de convocação formal. A investigação da CPMI cobre eventos a partir de 2015, envolvendo figuras como Onyx Lorenzoni, que também devem ser ouvidas.
José Carlos Oliveira iniciou sua carreira no INSS em 1985, tendo ocupado cargos como diretor e superintendente em São Paulo. Além de ser ministro, ele teve uma breve carreira política como vereador.