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Economia brasileira tem queda em maio, aponta Banco Central

IBC-Br registra recuo de 0,7% na atividade econômica, surpreendendo o mercado.

Por Redação
Foto: Reprodução/Flickr Segundo o Banco Central, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que antecipa o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,7% em maio
Segundo o Banco Central, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que antecipa o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,7% em maio

A economia brasileira apresentou um recuo em maio, conforme indicado pelo Banco Central, interrompendo quatro meses seguidos de crescimento e surpreendendo negativamente os analistas de mercado. Os dados divulgados nesta segunda-feira, 14, revelaram que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que antecipa o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), registrou uma queda de 0,7% em maio em relação a abril, considerando ajustes sazonais, contrariando a expectativa de estabilidade dos analistas consultados pela Reuters.

Setores Impactados e Desempenho do Índice

O setor agropecuário foi o principal responsável pela queda, com um recuo de 4,2% em seu índice específico. Já a indústria teve uma redução de 0,5% no IBC-Br, enquanto os serviços permaneceram estáveis no período. Desconsiderando o desempenho da agropecuária, o índice geral mostrou uma queda de 0,3%.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destacaram que apenas o setor de serviços registrou crescimento em maio, com uma alta de 0,1%, porém abaixo do esperado. Enquanto isso, a produção industrial teve um recuo de 0,5% e o comércio varejista caiu 0,2% na comparação mensal.

Influência da Política Monetária e Perspectivas Econômicas

Na reunião de junho, o Banco Central elevou a Selic em 0,25 ponto, atingindo 15% ao ano, e sinalizou a intenção de manter esse patamar por um longo período. A expectativa é que as altas taxas de juros acabem por impactar o crescimento econômico, mesmo diante de um mercado de trabalho ainda aquecido. Apesar disso, o Ministério da Fazenda revisou para cima a previsão de crescimento do PIB para 2025, estimando um crescimento de 2,5%, com uma desaceleração mais acentuada prevista apenas para 2026.

Essa projeção, porém, não considera o possível impacto da nova tarifa anunciada pelos EUA sobre produtos brasileiros, que poderá passar de 10% para 50% a partir de agosto, segundo o presidente Donald Trump. Enquanto isso, o boletim Focus do Banco Central prevê um crescimento de 2,23% para 2025 e 1,89% para 2026. O IBC-Br, que funciona como um indicador antecipado do PIB, é calculado com base em dados da agropecuária, indústria, serviços e impostos.