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Fachin assume STF com presença de Lula em solenidade

Edson Fachin lidera o STF; Lula e autoridades prestigiam posse.

Por Redação
Foto: Divulgação / InfoMoney CARLOS ALVES MOURA/Agência Brasil
CARLOS ALVES MOURA/Agência Brasil

O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 29 de maio, em cerimônia realizada em Brasília. Ele terá um mandato de dois anos à frente da Corte, sucedendo Luís Roberto Barroso, e também presidirá o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) até 2027.

O vice-presidente, ministro Alexandre de Moraes, também foi empossado durante o evento. A cerimônia contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, além de diversas outras autoridades. Aproximadamente mil pessoas foram convidadas para a solenidade.

Discursos e Compromissos

Na ocasião, Fachin jurou cumprir a Constituição em sua gestão no STF. Ele assinou o termo de posse e destacou seu compromisso com os deveres do cargo, afirmando: “Prometo bem e fielmente cumprir os deveres do cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, em conformidade com a Constituição e as leis da República”.

A cerimônia incluiu discursos de representantes do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além da declaração formal de posse de Fachin.

Desafios e Julgamentos

Com um perfil discreto, Fachin deve evitar polêmicas na mídia e priorizar julgamentos de grande impacto social. A primeira sessão sob sua liderança ocorrerá na quarta-feira, 1º de junho, com o julgamento da "uberização", que trata do vínculo empregatício de motoristas e entregadores de aplicativos.

Trajetória e Experiência

Edson Fachin foi indicado ao STF pela ex-presidente Dilma Rousseff e tomou posse em junho de 2015. Natural de Rondinha, no Rio Grande do Sul, ele construiu sua carreira jurídica no Paraná, formado em direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). No Supremo, foi relator de casos importantes como a Operação Lava Jato e o marco temporal para terras indígenas.

Já o ministro Alexandre de Moraes, que será vice-presidente do STF, tomou posse na Corte em março de 2017, após indicação do ex-presidente Michel Temer. Moraes, formado pela Universidade de São Paulo (USP), foi relator de ações penais de grande repercussão e ocupou cargos de destaque no governo de São Paulo e no Ministério da Justiça.