Impacto fiscal e juros: BC alerta sobre reformas estruturais
Banco Central destaca impacto das reformas fiscais e redução de incentivos tributários
O Banco Central divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e trouxe à tona um debate relevante: o impacto das reformas fiscais estruturais e da redução de incentivos tributários na política de juros do Brasil. Segundo a instituição, o recente enfoque nessas questões tem o potencial de alterar a percepção sobre a sustentabilidade da dívida e influenciar o prêmio da curva de juros.
O Desafio da Confiança e Restrição Monetária
Além disso, o Banco Central ressaltou a importância de construir a confiança necessária para determinar o nível adequado de restrição monetária ao longo do tempo. Para isso, é crucial garantir que os canais de política monetária estejam desobstruídos e sem elementos mitigadores, conforme destacado na ata.
Embora o Copom tenha sinalizado uma possível interrupção no ciclo de altas de juros, mantendo a taxa Selic em 15,00% ao ano por um período prolongado, o documento enfatiza a flexibilidade da instituição para ajustar os próximos passos conforme a necessidade. O BC reiterou que não hesitará em dar continuidade ao ciclo de ajuste, caso seja considerado apropriado.
Diante desse cenário, fica evidente a relevância do debate em torno da dimensão estrutural do orçamento fiscal e da redução gradual dos gastos tributários. Essas questões não apenas impactam diretamente a economia, mas também influenciam as expectativas em relação aos juros e à política monetária como um todo.