Agora Piauí

Inadimplência em aluguéis: Abril apresenta aumento, mas permanece abaixo de 2024

Inadimplência em aluguéis sobe em abril, porém ainda menor que em 2024. Saiba mais!

Por Redação
Foto: Lucas Tavares / Agência O Globo Lançamentos. Centro do Rio: região atrai investimentos no novo modelo de aluguel por temporada, como no caso do edifício A Noite, na Praça Mauá, que teve 434 apartamentos adquiridos pela Brookfield
Lançamentos. Centro do Rio: região atrai investimentos no novo modelo de aluguel por temporada, como no caso do edifício A Noite, na Praça Mauá, que teve 434 apartamentos adquiridos pela Brookfield

A inadimplência no pagamento de aluguéis no Brasil registrou um aumento em abril, alcançando 3,15%, conforme dados divulgados pelo Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica. Este índice havia atingido 3,09% em março, o que representava o menor nível dos últimos 20 meses, com uma variação de 0,06 ponto percentual.

Apesar do acréscimo recente, a inadimplência segue abaixo do índice registrado no mesmo período de 2024, quando estava em 3,86%, resultando numa redução de 0,71 ponto percentual em 12 meses.

Cenário Econômico e Expectativas Futuras

Manoel Gonçalves, diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, aponta que o atual cenário econômico desafiador no Brasil impacta a capacidade de pagamento dos inquilinos, embora ainda não comprometa totalmente.

Ele destaca que a oscilação nos primeiros meses do ano reflete a dificuldade enfrentada pelos brasileiros, que tentam manter suas contas em dia apesar dos desafios. No entanto, a projeção de aumento da inflação e dos juros sugere a necessidade de atenção redobrada, visto que esses fatores podem impulsionar a inadimplência e o endividamento nos próximos meses.

Regionalização da Inadimplência

O Nordeste despontou como a região com maior inadimplência locatícia em abril, atingindo 4,55%. Essa taxa superou o Norte (4,45%), que ocupava a liderança desde agosto de 2024. O Centro-Oeste ficou em terceiro lugar, com 3,12%, enquanto Sudeste (2,94%) e Sul (2,50%) apresentaram os índices mais baixos do país.

No que diz respeito aos imóveis residenciais, os contratos com aluguéis superiores a R$ 13 mil registraram a maior inadimplência, atingindo 5,42%. Em contrapartida, a faixa de R$ 2 mil a R$ 5 mil apresentou o menor índice, com 1,80%.

No segmento comercial, os imóveis com aluguéis de até R$ 1 mil concentraram a maior taxa de inadimplência, atingindo 6,87%, enquanto a faixa de R$ 2 mil a R$ 3 mil registrou o menor índice, com 3,70%.

Em relação ao tipo de imóvel, a inadimplência em apartamentos recuou para 2,08% em abril (em comparação com os 2,10% de março), enquanto a taxa em casas subiu de 3,44% para 3,48%. No segmento comercial, a inadimplência passou de 4,12% para 4,33% no mesmo período.