Paulinho da Força e a anistia: impacto na Câmara e no STF
Relator busca equilíbrio em projeto que pode influenciar a Câmara.

A nomeação de Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como relator do projeto de anistia visa não apenas a pacificação política, mas também o fortalecimento do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Segundo parlamentares, essa escolha pode ser estratégica para recuperar a influência de Motta entre seus pares.
Paulinho da Força, que mantém uma relação próxima com Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), está encarregado de elaborar um texto que atenda também às expectativas do Judiciário. Essa proximidade é vista como uma vantagem para moldar um projeto que contemple os interesses dos diferentes poderes.
Desafios do Relatório
O deputado Paulinho afirmou que a sua abordagem será de construir um texto que não se limite a uma anistia geral, mas que busque uma redução de pena. Ele destacou que o projeto, ao alterar a dosimetria, não agradará a todos os partidos, incluindo o PL de Jair Bolsonaro.
“Vamos dialogar com a Câmara, o Senado e buscar convencer o Supremo. A pacificação do país pode exigir medidas que não serão unanimidade, mas são necessárias”, declarou ele. Paulinho pretende redigir o relatório durante o fim de semana e iniciar reuniões com as bancadas na segunda-feira para agilizar a aprovação.
O deputado também comentou sobre sua relação com Alexandre de Moraes, enfatizando o apoio ao ministro, reconhecido por sua atuação em defesa da democracia e no combate às fake news. Em agosto de 2024, Paulinho expressou publicamente sua admiração por Moraes em uma postagem na rede social X, ressaltando a importância do respeito ao devido processo legal.