Resposta do Brasil aos EUA após 'tarifaço': detalhes do relatório
Governo brasileiro envia informações cruciais em resposta às tensões comerciais.

Após as recentes tensões comerciais com os Estados Unidos, o governo brasileiro enviou um extenso relatório a Washington nesta segunda-feira, 18, abordando pontos cruciais em setores como pagamentos digitais, comércio, meio ambiente e propriedade intelectual, em resposta ao "tarifaço". A decisão de Donald Trump, anunciada em 9 de julho, elevou as tarifas para 50% sobre produtos brasileiros, desencadeando uma investigação pela Seção 301 da Lei de Comércio americana.
Medidas para enfrentar o 'tarifaço'
O relatório ressalta que o Pix, desenvolvido pelo Banco Central, impulsionou a inclusão financeira sem afetar empresas dos EUA. Além disso, ações contra o desmatamento foram defendidas, e foi informado que o tempo para concessão de patentes de medicamentos será reduzido de sete para dois anos até 2026. Em paralelo, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva propôs um pacote emergencial para apoiar empresas nacionais afetadas, incluindo linhas de crédito subsidiadas e compras públicas de alimentos, medida que será avaliada pelo Congresso Nacional.
As negociações entre autoridades brasileiras e americanas devem ser retomadas em dezembro, com uma audiência pública agendada para discussão do tema. Caso os EUA considerem as práticas brasileiras anticompetitivas, novas barreiras podem ser impostas, com um processo que deve durar ao menos um ano.
Trump critica parceria comercial com o Brasil
Donald Trump afirmou que o Brasil tem sido um "péssimo parceiro comercial", mencionando tarifas elevadas impostas pelo país. Ele também comentou sobre a proximidade do Brasil com a China, dizendo não estar preocupado, e destacou o desempenho econômico dos EUA em relação aos demais países.
A tensão comercial entre Brasil e EUA continua em destaque, com desdobramentos que podem impactar as relações bilaterais nos próximos meses. Acompanhe as atualizações sobre esse cenário em constante evolução.