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Senado aprova isenção do IR até 2 salários após desocupação histórica

Senado aprova isenção do Imposto de Renda para rendas de até dois salários mínimos.

Por Direto da Redação
Foto: (Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados) Plenário da Câmara dos Deputados
Plenário da Câmara dos Deputados

O Senado Federal aprovou, de forma histórica, a isenção do Imposto de Renda para rendas de até dois salários mínimos, equivalente a R$ 3.036, como parte da atualização da tabela mensal do tributo. Essa decisão foi tomada nesta quinta-feira (7) após o término de uma ocupação que durou pouco mais de 47 horas no plenário da Casa, em um protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.

O desfecho da ocupação

O líder do grupo de protesto, o senador Rogério Marinho (PL-RN), anunciou a retirada da mesa, ressaltando a importância de retomar as discussões e trabalhos que beneficiem a todos, independentemente de posição ideológica. Com a saída dos parlamentares, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), conseguiu retomar os trabalhos em sessão remota.

Davi Alcolumbre garantiu que a pauta econômica seria priorizada, como o projeto de isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros que recebem até dois salários mínimos. O presidente reforçou a importância do diálogo, aliado à responsabilidade e firmeza para a democracia.

Retomada dos trabalhos

O presidente da Câmara, por sua vez, ressaltou a necessidade de priorizar pautas em benefício do país, após a ação da oposição, que chegou a obstruir os trabalhos. Partidos como PP e União Brasil apoiaram a obstrução, orientando suas bancadas a não registrar presença em plenário.

A liberação do plenário ocorreu após intensas reuniões de bastidores e a reação firme do presidente do Senado contra tentativas de intimidação. Alcolumbre deixou claro que o Congresso Nacional não seria refém de ações que buscam desestabilizar seu funcionamento, convocando uma sessão para retomar as atividades na Casa.

Normalização das atividades

Na Câmara dos Deputados, a situação também foi tensa, com confrontos e tentativas de interferência na Mesa Diretora. Após ameaças e reforço da Polícia Legislativa, os deputados da oposição deixaram o plenário, permitindo o retorno das atividades.

A oposição exigia a tramitação de um pacote de medidas, incluindo anistia para os condenados pelo 8 de Janeiro, fim do foro por prerrogativa de função e impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Ambas as Casas, Senado e Câmara, retomaram suas atividades após momentos de tensão e obstrução, seguindo em direção à normalização dos trabalhos legislativos.

Fonte: Divulgação