Ultrafarma sob investigação por sonegação fiscal em larga escala
Acusações de sonegação fiscal envolvendo a Ultrafarma geram polêmica e investigação.

A Ultrafarma se vê no centro de uma polêmica envolvendo acusações de sonegação fiscal em grande escala. Segundo a delação do ex-proprietário da Farma Conde ao Ministério Público de São Paulo, a concorrência teria sonegado até 60% das vendas, enquanto a Farma Conde admitiu evasão de 10%. As revelações feitas pelo programa Fantástico da TV Globo destacam a gravidade do caso.
Manoel Conde Neto, ex-dono da Farma Conde, classificou os preços praticados pela Ultrafarma como inexplicáveis e afirmou que a sonegação na empresa era evidente. O acordo com o Ministério Público, firmado em 2017 após a exposição do esquema de sonegação da Farma Conde, revela a seriedade das acusações.
Esquema de corrupção revelado
A investigação aponta que o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, da Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo, coordenava um esquema de corrupção que facilitava o ressarcimento de ICMS para empresas por meio de propinas e créditos irregulares. Empresas como Ultrafarma e Fast Shop contratavam a empresa de fachada Smart Tax, liderada por Artur, para obter benefícios fiscais de forma ilícita.
A participação da Ultrafarma no esquema foi confirmada após a quebra de sigilo telemático, revelando a manipulação do processo de ressarcimento do imposto pelo auditor fiscal.
Prisão do fundador da Ultrafarma
Aparecido Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, foi preso recentemente, aos 71 anos, em sua chácara na Grande São Paulo. A operação do Ministério Público de São Paulo investiga corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com a realização de diversas diligências e análises aprofundadas.
A situação envolvendo a Ultrafarma continua a gerar repercussão, com desdobramentos que evidenciam a complexidade e a gravidade das acusações em torno da empresa e de seu fundador.