Senador Rogério Marinho critica decisão do STF e defende impeachment

O senador Rogério Marinho, líder da oposição no Senado, manifestou críticas à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma nota divulgada nas redes sociais, Marinho apontou que a medida não foi uma simples coincidência, ocorrendo no mesmo dia em que a Vaza Toga revelou abusos atribuídos ao ministro.

Marinho descreveu a situação como uma tentativa de distrair a opinião pública das denúncias trazidas à tona por investigações jornalísticas e destacou que o país vive sob uma "jurisprudência de exceções", colocando em risco garantias fundamentais como o devido processo legal, o contraditório e a inviolabilidade dos mandatos parlamentares.

O senador argumentou que Bolsonaro está sendo alvo de um processo baseado em uma única delação premiada, tendo sua liberdade restringida por expressar opiniões, classificadas como "crime de opinião". Ele enfatizou que "vingança não é justiça" e defendeu a necessidade de respeitar o devido processo legal.

Chamado ao Impeachment de Moraes

Rogério Marinho ainda acusou o ministro Moraes de abuso de autoridade e defendeu o impeachment do magistrado, reforçando que a sociedade não pode mais tolerar um "Estado de exceção". Ele convocou os senadores a cumprirem com seus mandatos em defesa da democracia e do devido processo legal.

Alegações de Moraes e Medidas Adotadas

Na decisão, Moraes justificou que Bolsonaro violou medidas cautelares ao utilizar redes sociais de terceiros para se manifestar politicamente. O ministro mencionou uma publicação feita pelo senador Flávio Bolsonaro, com vídeo de seu pai em um ato público no Rio de Janeiro.

Moraes argumentou que, mesmo sem utilizar diretamente suas contas, Bolsonaro agiu intencionalmente para contornar as restrições, mantendo influência ativa no debate digital por meio de conteúdos produzidos por aliados. Além da prisão domiciliar, o ministro ordenou o recolhimento dos celulares da residência do ex-presidente, proibindo visitas e anunciando a necessidade de medidas mais severas diante da reiteração das condutas.

Assim, o embate político e jurídico entre Rogério Marinho e Alexandre de Moraes ganha destaque, polarizando opiniões e acendendo debates sobre os limites do poder estatal e a proteção dos direitos individuais.